2022-03-16
Sinais de alerta para rastreio em terapia ocupacional
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Os primeiros anos de vida são críticos para o desenvolvimento neurológico e físico das crianças. Na presença de atrasos no desenvolvimento ou de perturbações no mesmo, a intervenção, quando realizada nos primeiros anos de vida, pode transformar desafios em oportunidades de crescimento, permitindo que as crianças alcancem o seu pleno potencial.
De facto, a importância da intervenção precoce pode ser sustentada anatomicamente pela elevada plasticidade cerebral que as crianças apresentam nos primeiros anos da sua infância, o que permite a formação de novas conexões neurais e facilita, consequentemente, a aquisição de competências.
No caso da terapia ocupacional, cujo foco se encontra na autonomia, independência e funcionalidade da criança, são várias as áreas a evoluir e a melhorar, nomeadamente motora, sensorial, cognitiva e social.
A verdade é que estas áreas, que implicam diversas competências, são essenciais para a realização de tarefas diárias importantes na infância, como correr, desenhar, vestir-se e brincar. Por esse motivo, e pela necessidade de garantir que a intervenção é motivadora e envolve a criança, as intervenções podem incluir jogos de grupo, materiais como baloiços, escorregas e skate, atividades de dramatização, entre outros.
Porém, é de salientar que a intervenção precoce não se limita apenas à criança, mas envolve um suporte abrangente para famílias e cuidadores. Os terapeutas ocupacionais trabalham em estreita colaboração com os pais, oferecendo orientações e estratégias para promover o desenvolvimento em casa. Esse apoio inclui a criação de rotinas estruturadas, a adaptação de ambientes habitacionais e a escuta ativa e atenta das preocupações dos pais, para procurar a resposta aos desafios encontrados. Pensando na carga semanal de horas que a criança passa em cada um dos contextos onde se insere, é por isso fundamental garantir a educação dos cuidadores, de modo a garantir a continuidade do progresso terapêutico fora das sessões clínicas, criando um ambiente de apoio e estímulo constante.
Para além disso, a colaboração entre terapeutas ocupacionais e o contexto escolar é vital para garantir que as intervenções sejam consistentes e eficazes tanto em casa quanto na escola. Os terapeutas ocupacionais podem fornecer treino e recursos para professores, ajudando-os a adaptar as suas práticas pedagógicas às necessidades específicas de cada criança. Isso inclui a modificação de materiais didáticos, a implementação de acomodações sensoriais e a criação de estratégias de ensino individualizadas.
Por tudo o que a caracteriza, a intervenção precoce na terapia ocupacional promove não apenas o desenvolvimento imediato, mas também tem benefícios a longo prazo. Crianças que recebem intervenção precoce são mais propensas a alcançar marcos de desenvolvimento típicos e a desenvolver capacidades relevantes para a sua vida independente, preparando-as para enfrentar os desafios futuros com maior resiliência e adaptabilidade. Além disso, a intervenção precoce pode reduzir a necessidade de serviços especializados contínuos, resultando em benefícios económicos e sociais para as famílias e a comunidade.
Em conclusão, a intervenção precoce na terapia ocupacional é uma estratégia poderosa para apoiar o desenvolvimento infantil e, ao abordar as necessidades específicas de cada criança nos primeiros anos de vida, podemos garantir oportunidades para que cada uma delas cresça e prospere na vida adulta.
Por isso, as nossas terapeutas ocupacionais encontram-se disponíveis para orientar os que nos procuram, tentando sempre fazer toda a diferença na vida das crianças e famílias que connosco se cruzam.