Depressão: Geralmente, estamos perante uma depressão quando durante pelo menos um período de 3 semanas e durante a maior parte do dia, a pessoa sente uma diminuição de prazer ou interesse na realização de tarefas ou atividades antes vistas como prazerosas; tristeza persistente; alterações de apetite e de qualidade de sono; fadiga ou sensação de pouca energia; sentimentos de culpa, autorrecriminação ou desvalorização excessiva ou desproporcional às situações; uma visão negativa de si, dos outros e do mundo; perceção de um futuro sem esperança de melhoria; dificuldade em manter o foco, a concentração ou em reter informações; pensamentos recorrentes sobre infligir-se dor, morrer ou cometer suicídio.
Não obstante, a depressão nem sempre surge de forma tão clara e com todos estes sinais presentes. Pode manifestar-se de um modo "mascarado", em que o humor irritável pode surgir no lugar da tristeza, as alterações de comportamento podem surgir em vez da apatia e lentificação. Muito comum é também o desenvolvimento de sintomas físicos variados.
Perturbação Bipolar: Estamos na presença de uma condição de alternância entre humor baixo e elevado, ou seja, entre a condição depressiva e a condição maníaca.
Enquanto que o estado depressivo fica evidente pela descrição da depressão, no estado maníaco a pessoa parte de um sentimento de bem-estar, felicidade e euforia.
Todavia, este sentimento não se traduz objetivamente numa melhoria física e real de produtividade e satisfação a longo prazo, mas numa distorção da perceção do próprio e da vida que leva a pessoa a abster-se de limites e posicionamento crítico sobre o que pensa, diz e faz. Isto resulta frequentemente em comportamentos impulsivos ou arriscados (Ex: Nos negócios e compras, consumo de álcool, atividade sexual irrefletida de consequências, etc).
Regra geral, ao sair do estado maníaco, há um reconhecimento de factos e erros, que potencia o regresso a um estado depressivo.
Em alguns casos, o estado maníaco atinge uma gravidade mais significativa, mais próximo do delírio e psicose, em que a pessoa se convence que é uma personalidade importante, um santo ou até Deus, imune a consequências para si, seja do ponto de vista físico e psicológico ou do ponto de vista social.
A elevação de humor pode não atingir proporções tão elevadas e, nessas situações, falamos de hipomania e não mania.
Distimia: Referente à depressão, configura-se como uma forma mais ligeira da doença, em que os sintomas são de menor gravidade ou mais discretos, embora mais persistentes ao longo do tempo e próximos de um caráter mais “crónico”.
Ciclotimia: Relacinado à perturbação bipolar, existem estados depressivos ou de elevação do humor não tão graves, mas que perduram alternadamente durante muito tempo na vida da pessoa, e nesse caso falamos de ciclotimia.