2022-04-05
A Intervenção Precoce nas PEA
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Infelizmente, muitas pessoas interpretam mal ou discriminam aqueles que têm problemas relacionados com o foro psicológico. Esta discriminação baseia-se frequentemente em perceções sociais negativas, desajustadas e prejudiciais. Estes estereótipos podem, por vezes impedir as pessoas de obter a ajuda de que necessitam e consequentemente reduzir a sua capacidade de serem saudáveis.
Aqui estão alguns mitos e verdades sobre doenças do foro psicológico!
Na verdade, quase 1 em cada 5 portugueses terão um problema de saúde mental diagnosticável ao longo da sua vida, de acordo com os dados da Direção Geral de Saúde.
Se por um lado é verdade que as pessoas precisam de assumir a responsabilidade pelos seus próprios pensamentos, sentimentos e comportamentos, eles não são culpados pelos mesmos. Há uma diferença importante entre assumir a responsabilidade e aceitar a culpa!
Apesar de investigações recentes demonstrarem um papel importante da biologia ou da genética numa grande parte dos problemas de saúde mental, esta é complexa e exige uma ampla visão por parte do profissional (em termos sociais, emocionais, comportamentais, profissionais e familiares). Estes aspetos terão um impacto não só na sua compreensão como também na sua intervenção.
Trata-se de um mito, na medida em que, aquando do aparecimento dos tratamentos psicológicos, a única opção era a realização de terapias do tipo psicanálise clássica. Embora por vezes esta técnica seja útil e eficaz, as várias técnicas de psicoterapia modernas podem ser de curta duração e orientadas para o problema. São exemplo, as psicoterapias de modelo cognitivo-comportamental, a terapia interpessoal e as terapias de 3ª geração.
A realidade é que a maioria das pessoas que têm um problema do foro psicológico, tende a não procurar tratamento adequado (infelizmente), pensando que os consegue ultrapassar sem o devido apoio psicológico especializado. No entanto a perspetiva de ser “fraco” é claramente um preconceito. Se bem que por vezes o esforço para resolver o problema, através de estratégias de coping (tais como o exercício físico, cuidados com a alimentação, sair com os amigos, esforçar-se mais no trabalho, etc.) possa ajudar a minimizar o problema, por vezes é mesmo necessário recorrer a ajuda de um profissional de saúde mental… e isto não deve ser vergonha nenhuma! Não significa que somos fracos, mas sim que percebemos e aceitamos as nossas limitações humanas e naturais, e procuramos cuidados adequados quando as nossas capacidades de lidar com o problema não são suficientes.
“Maluco” é um termo genérico que nada significa neste contexto. Todos somos um pouco “malucos”, pelo menos por vezes (e ainda bem). No entanto, ter uma doença do foro psicológico não significa que estamos “malucos” ou “loucos”. Significa apenas que temos um problema, e que tal como qualquer outra doença médica, precisa de tratamento.
Trata-se de um mito muito frequente, que leva a que muitas pessoas não façam os tratamentos adequados. A verdade é que a maioria dos medicamentos utilizados para tratar perturbações mentais não causa qualquer dependência. Nem os antidepressivos, nem os estabilizadores do humor, assim como os anti-psicóticos, apresentam este problema. Por outro lado, medicamentos ansiolíticos comuns que as pessoas utilizam muitas vezes sem qualquer seguimento médico, e muitas vezes sem esta preocupação “que possam causar vício”, podem levar a uma dependência complicada. Não quer dizer que não se possam utilizar e que não sejam úteis, porque o são de facto, mas sempre sob monitorização e acompanhamento adequado.
Muitas vezes atribuímos preguiça a pessoas com problemas do foro psicológico como a depressão ou ansiedade, que perturbam a capacidade de trabalhar e de serem ativas. A verdade é que estes problemas podem dificultar a vida no que toca a dar resposta às necessidades diárias como trabalho, escola ou vida familiar. Não devemos chamar a isto preguiça, assim como não chamaríamos alguém preguiçoso que fica na cama com gripe. Se chamarmos preguiçoso a alguém nestas situações, fá-lo-emos para os descartar, não para os compreender.
Fale abertamente sobre saúde mental!
Não tenha medo de falar com as pessoas mais importantes na sua vida sobre estas condições. Se tem um problema de saúde mental, seja aberto sobre a sua história. Isto pode convidar outros a possuir e partilhar as suas experiências, o que ajuda a reduzir a vergonha associada a estas condições. Partilhar a sua história pode ter um impacto incrível e positivo. Pode dar a outra pessoa a coragem e a força para se abrir, e consequentemente procurem ajuda para um caminho para a recuperação.