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Os problemas de alimentação são normalmente detetados quando a criança não está a progredir no desenvolvimento típico de uma dieta independente, que promova um crescimento adequado, desenvolvimento e hidratação.
Considera-se que a criança tem dificuldades alimentares quando:
- Come menos de 20 alimentos;
- Elimina progressivamente os alimentos até que a sua dieta se torne extremamente limitada;
- Engasga-se ou vomita quando está a comer certos alimentos;
- Recusa determinadas cores ou texturas;
- Não tolera estar à beira de pessoas que estão a comer coisas que não gosta;
Assim que são detetadas estas dificuldades é necessária a realização de uma avaliação multidisciplinar, onde o Terapeuta Ocupacional deve avaliar e posteriormente intervir em:
- Controlo e estabilidade postural, posturas anti gravíticas e cruzamento da linha média;
- Planeamento motor;
- Autorregulação;
- Sinais de reatividade tátil (hipo ou híper);
- Sinais de pobre perceção tátil.
Através desta avaliação o terapeuta saberá por onde iniciar a intervenção. Frequentemente esta recai sobre adaptações no ambiente e rotinas diárias, promoção do controlo postural, contribuir para a regulação sensorial, melhorar o registo/perceção sensorial e criar uma relação positiva com a comida.
Algumas das estratégias passadas à família passam por manter os horários das refeições; permitir à criança realizar pausas com movimento; ter em atenção o local onde decorrem as refeições (estímulos visuais como luzes e outros distratores; estímulos auditivos como barulho; estímulos olfativos como odores fortes), comer em família; evitar limpar a criança durante as refeições; ter em atenção o posicionamento da criança; combinar alimentos que a criança gosta com novos alimentos; certificar-se de que toda a família come o mesmo; evitar direcionar toda a atenção para a criança, utilizar pratos com separadores; adaptar os talheres às competências da criança; evitar expressões como “come, prova por favor, se provares compro-te uma prenda, aqui provas e em casa não, estou seguro que isto não vai comer”; apresentar os alimentos de forma divertida; nunca esconder medicação na comida; limitar o número de alimentos por refeição e o tempo de permanência na mesa; envolver a criança na preparação das refeições e deve encorajar mas nunca forçar a criança a provar.
Posto isto, se suspeita que a sua criança possa ter dificuldades alimentares, recorra a uma avaliação multidisciplinar.